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Grupo de Estudos

Nesse grupo abordamos a perspectiva psicanalítica de Donald Winnicott, que antes de exercer a psicanálise exerceu a pediatria (e mesmo depois a continuou exercendo), e foi a partir dessa rica experiência, creio, que pôde se aventurar na tarefa pela qual se designou. Afirmou que a exposição de toda a sua teoria foi capaz de aglutinar as diversas experiências que viveu; tudo o que aprendeu com seus professores e em suas vivências clínicas, na psicanálise e na pediatria. Reconhece que sua tarefa é sobre um tema que não conhece limites – a natureza humana; e que sua descrição é compreensivelmente limitada -“pela vastidão desse empreendimento”-, mas reconhece também a importância de caminhar no esforço dessa compreensão: pois “a natureza humana é quase tudo o que possuímos” (WINNICOTT, 1990, p. 21).

O que efetivamente encanta e me arrasta para a utilização de seus conceitos, é que por terem nascido de um fértil solo de experiências cotidianas diretas com seus pacientes, trazem em formulações, reformulações psicanalíticas significativamente inovadoras; tão necessárias para o exercício atualizado de nossas práticas analíticas no contemporâneo.

Nesse grupo abordamos o estudo de seu livro Natureza Humana (1990) onde enfatizamos a compreensão do desenvolvimento emocional humano e suas etapas de amadurecimento. Relacionamos esse estudo com alguns conceitos da filosofia dos afetos de Baruch de Spinoza e da Filosofia da Diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari, procurando assim, estender esse entendimento à dimensão corporal das sintomatologias encontradas nos estudos de casos clínicos da atualidade. Entendemos que com a nova organização da subjetividade contemporânea acoplada a novos dispositivos tecnológicos de mídia e comunicação, os sintomas que nos deparamos na clínica mudaram. Considerando o contexto histórico atual, a clínica — que nesse estudo abordamos —, é crítica, pois não parte de uma suposta neutralidade na relação terapeuta-paciente, analista-analisando, analisando-ambiente contemporâneo.

Referências:

 

WINNICOTT. D. W. Natureza Humana. Rio de Janeiro: Imago, 1990.

 

 

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